skip to main |
skip to sidebar
Pra quebrar essa rotina de posts contando como é a vida aqui, vou postar uma ilustração aleatória que eu fiz um dia desses.
Essa é minha primeira ilustração usando o Corel Painter, como forma de me familiarizar um pouco com a ferramenta. E num é que é divertido esse painter? Tem um bocado de tipos de tinta, pincéis e umas ferramentas legais. Bom, como nunca trabalhei muito com tinta de verdade não posso comparar com o processo normal, mas pelo menos esse não faz sujeira e tem ctrl+Z! E ainda está me fazendo pesquisar bastante sobre processos e métodos de pintura real.
Enfim, fiz uma cabeça brincando um pouco com proporções e o "real". O processo todo foi realizado no painter, desde o esboço. Tentei fazer uma boca meio diferente mas não sei se tive muito sucesso! Mas acabou me deixando orgulhoso no final... Bom, é só o primeiro.
Beijundas
É, realmente é complicado ficar atualizando blog aqui.
Acabo sempre empurrando para o final do dia e geralmente estou cansado demais pra escrever alguma coisa decente (como se saísse alguma coisa decente quando eu estou descansado). Anyway, pelo menos estou me forçando de vez em quando a escrever. O problema é que como demoro muito pra escrever, meus posts são sempre bem atrasados. Se eu manter esse ritmo, quando eu já estiver no Brasil, ainda vou estar escrevendo sobre a viagem de volta...
Detalhes à parte, vamos ao que interessa, ou não.
Auckland à primeira vista é fantástica. Ruas limpas, vistas maravilhosas e tudo muito arrumadinho, lembrando uma cidade cenográfica. A cidade é repleta de parques com grama verdinha, onde as pessoas vão para passar o dia, tomar um sol ou ler um livro. Quando você se distancia um pouco do centro você encontra vizinhanças perfeitinhas, super tranquilas.
Algumas coisinhas interessantes:
1. Alguns kiwis (como são chamados os nativos aqui), tem o hábito de andar descalços pelas ruas.
2. A mão do trânsito é invertida. Você nunca sabe pra onde olhar na hora de atravessar a rua, e mesmo que saiba, você não consegue não olhar pro outro lado!
3. Todos os sinais de trânsito fazem um bipe engraçado quando a passagem para pedestres está liberada.
4. O estacionamento no centro é bem caro (se você não tiver uma vaga). Cobra-se de 1 a 4 dólares a hora. E não adianta tentar parar sem pagar... fica uma porrada de guardinha andando por setores e o tempo todo você vê carro sendo guinchado.
5. As privadas tem sempre 2 botões: um para o número 1 e outro pro número 2, para economizar água. E não, aqui a água não gira pro lado contrário...
6. Vai ter chinês assim lá na China! Aliás, tem asiático aqui pra tudo que é lado. Muito indiano também. As praças de alimentação se resumem basicamente à cozinhas asiáticas e junk food. (descobri que a cozinha indiana tem uns pratos gostosos)
7. Não tem suco natural. Aliás, até tem, mas são umas poucas lojas especializadas que metem a faca. Mais ou menos 5 dólares por um suco de 300ml. Até o Marietta aí é mais barato!
8. O povo aqui é meio parado. Meio de semana geralmente não rola muita coisa pra fazer. Sinto falta de barzinhos simples como os do Brasil para sentar, conversar e ver movimento. Aqui são um série de pubs espalhados pela cidade, todos bem pequenos e geralmente vazios. E a cerveja é extremamente cara. Geralmente 8 dólares um copo grande (uns 450 ml, no chute). Long neck é o mesmo preço, talvez 1 dólar mais barato. Realmente, brasileiro é bemmm mais sociável.
9. Carro aqui é a preço de banana, mas a banana não. Por 3000 você compra fácil um carro bonzinho. Por 2,50 você mal compra um quilo de banana.
10. Aqui é cheio de carro tunado à lá Need for speed Underground, cheio de adolescente chinês idiota atrás do volante. É incrível ver como os caras se comportam exatamente como nos filmes. Ah, e todos eles (os adolescentes, não os chineses) adoram ficar gritando nas ruas e cantar pneu durante à noite.
11. Aqui tem tanto porshe quanto mercedes no Brasil.
Bom, por enquanto é o que eu estou lembrando... o sono está batendo e eu já nao estu raçoçinando dereito" Ora de descamssar.
Mil desculpas pela demora e pelo post feito "nas coxa".
Vou atualizar as fotos daqui a alguns dias.
Beijundas
Cheguei em Auckland às 4 da manhã do dia 25, segunda-feira. Ainda carregando o futum da caminhada do dia anterior, fiz minha primeira parada no banheiro do aeroporto. Todo bobão já comecei a fazer pequenas comparações sobre coisas realmente irrelevantes, como por exemplo, a espessura do papel toalha do banheiro. Brasileiro é foda. Seguindo meu caminho, fui parado para uma ligeira bateria de perguntas na imigração. Nada traumatizante. Podia até ter demorado mais, afinal, eram 4 da manhã e eu teria que pegar um taxi ou esperar pelo ônibus das 6.
Resolvi esperar. Tempo suficiente para definir em qual ponto descer e rezar para que eu estivesse certo... ou perto. Arrastando minha pequenina mala de 31Kg com duas pobres rodinhas de plástico pelas calçadas, fiz meu primeiro contato imediato de terceiro grau com um Kiwi. Mal acostumado com a lógica de Brasília, achei que qualquer ser daqui pudesse me indicar onde ficava a bendita rua do hotel. Eu estava errado, claro. E a safada da rua ainda não estava no mapa. À essa altura do campeonato as pobres rodinhas já não rodavam mais. Era como arrastar um saco de areia pelas ruas de Auckland. Novamente suando que nem um condenado. Suor sobre suor. Ladeira acima e ladeira abaixo. E bota ladeira nisso.
Quando finalmente encontrei o hotel, às 8 da manhã, fui informado de que não poderia fazer check-in antes das 2 da tarde. O que é um peidinho pra quem já está cagado? Larguei minha mala no hotel e fui procurar alguma coisa pra matar o tempo. Foi divertido. Tirei minha primeiras fotos, dei uma olhada numas coisas pra comprar e conheci um pouco sobre como funciona a cidade.
Bom, no fim deu tudo certo. Tomei um banho e dormi das 3 da tarde até a meia noite... quando acordei e vi que era noite, resolvi dormir até amanhecer, às 7! Jetlag é para os fracos! :)
A viagem para Auckland na Nova Zelândia pode passar por 3 lugares: Argentina, Chile e Dubai. Fui através do Chile. Saindo de Brasília às 19h do dia 22 cheguei em São Paulo às 21h. Começou aí a grande maratona de espera de conexões. Meu vôo só sairia de São Paulo às 9h da manhã do dia seguinte e como tive medo de pegar vôos muito próximos, tive que esperar 12 horas no aeroporto de Guarulhos.
Não, no aeroporto não é nada tranquilo dormir pelos saguões. Pouca gente dorme e é cheio de "Mano" lá, não fiquei muito à vontade não. Temendo não ter energia o suficiente para encarar minha planejada visita relâmpago à Santiago (minha próxima escala) resolvi pagar uma pequena fortuna por uma noite bem dormida, já que não tinha dormido muito bem na noite anterior por conta de minha despedida (no complaints! foi fantárdiga!). Foram R$120,00 por uma noite de sono no "Fast Sleep", um hotel com diversas cabines minúsculas onde cabe apenas uma beliche. O banheiro fica fora do quarto e é de uso comum à todos os hospedes (no caso do quarto onde fiquei, pois existem as suítes). Falando assim parece um motelzinho de beira de estrada, mas ô... cama fantástica, tv no quarto, internet wi-fi e banheiros de primeira linha. Deu pra tomar um senhor banho à noite e outro pela manhã, fazer a barba, escovar os dentes e outras cositas más. Nunca tomei uma decisão melhor. Fiquei zerado para o segundo dia de viagem.
Saindo de São Paulo um bocadinho atrasado cheguei no Chile por volta das 14:30h do horário local. Já que minha mala só seria recuperada em Auckland, não precisei procurar onde deixá-la. Descobri, depois de uma luta ferrenha por informações usando meu exímio portunhol com apelos desesperados em inglês, que se você estiver em trânsito internacional você até pode deixar o aeroporto, mas na volta terá que pagar a bagatela de $3o doletas americanas para entrar. Como era o mesmo valor da sala vip da LAN, resolvi me aventurar. Outra ótima decisão (ah garoto!). Tomei uns calotes nas casinhas de câmbio do aeroporto mas valeu à pena. Santiago é linda. Saí do aeroporto às 16:30h de ônibus, peguei um metrô e andei muuuuiiittoooooooo a pé. Suei um bocado e só deu tempo de passar uma água no rosto quando cheguei no aeroporto às 22h, uma hora antes do meu vôo. Sim, viajei suado. Sim, é nojento. Afinal, são 14 horas de vôo. Mas não, o fedor não estava tão brabo assim a ponto de incomodar os demais passageiros. Só pude fazer isso graças à atendente da sala VIP da LAN que fez meu itinerário turístico e ainda fez meu check-in enquanto eu passeava! Coloquei algumas das fotos no flickr, então não deixem de dar uma olhada (o link está no menu à direita).
... continua no próximo post
Pronto. Blog registrado e primeiro post saindo do forno.
É isso ai povo. Finalmente depois de muitos planos, idas e vindas, eu cheguei aqui (e demorou viu! ô). Sempre tive vontade de morar um tempo fora do Brasil, me virar, colocar meu inglês à prova e aproveitar pra repensar meu lado profissional e minha vida como um todo. É meu ano sabático. É tempo de reavaliar objetivos e questionar... tudo. Tempo de se fazer perguntas como "será que isso é mesmo importante?".
Desde que comecei a trabalhar, uma coisa sempre foi levando à outra e entre madrugadas sem dormir e finais de semana trabalhando sempre fui deixando de lado coisas que quero recuperar neste tempo aqui. Coisas como experimentar novas linguagens, criar projetos pessoais e estudar novas ferramentas à fundo.
Costumo dizer que "mesmo se for ruim vai ser bom". Além do mais, não há jeito melhor para conhecer seu próprio país do que olhando de fora.
Vou sentir muita falta de todo mundo aí durante esse tempo, mas tenho certeza de que quando voltar receberei uma enorme festa surpresa com uma feijoada regada a muito guaraná e açaí na tijela de sobremesa! hehehehe
Let the games begin.
Amo todos vocês.
